Sym Citycom 300i, o primeiro maxiscooter da Dafra
14-03-2011 12:00A Dafra acerta mais uma vez. Depois do tiro certeiro com a Apache, o scooter Citycom 300i é uma receita com bons ingredientes que se harmonizam e agradam a uma vasta gama de consumidores. Sucesso em mercados europeus, asiáticos e também nos Estados Unidos, o Citycom 300i é uma mescla refinada de conforto, modernidade e desempenho.
Motor
O desempenho é garantido por um motor monocilíndrico OHC (Over Head Camshaft) horizontal (15º) de 263,7 cc, quatro tempos, refrigerado a água e equipado com sistema de injeção eletrônica que desenvolve potência máxima de 23 cv a 7.500 rpm e torque de 23,5 N.m a 5.500 rpm. A transmissão do Citycom é automática CVT (Continuous Various Transmission). No circuito onde MOTONLINE pode experimentar o scooter Dafra/SYM Citycom 300i, foi possível perceber que o motor responde bem ao comando do acelerador, evoluindo de forma progressiva, sem sustos. Os testes da fábrica declaram que o consumo de combustível ficou em torno de 24 km/l em trajetos rodoviários e próximo de 27 km/l no uso urbano. O tanque de combustível tem capacidade para 10 litros.
Equipado com freios à disco nas duas rodas, o sistema se mostra eficiente. Como todo scooter, o centro de gravidade é baixo e a estabilidade é notável. Seguro, sem oscilações, o Citycom entra e sai de curvas com elegância e os bons pneus Metzeler que calçam as rodas aro 16" ajudam, mas a pequena altura livre do solo (125 mm) deixa claro que não é possível abusar. As suspensões tradicionais - garfo telescópico dianteiro e dois amortecedores traseiros - completam a ciclística bem resolvida.
Conforto e estilo
O desenho do Citycom é moderno. O parabrisa frontal reforça suas linhas harmoniosas com os retrovisores e o conjunto ótico dianteiro.
O painel é completo, com marcadores digitais de combustível, hodômetro total e parcial e relógio, além do contagiros, do marcador de temperatura do líquido de arrefecimento e das luzes espia. A iluminação dos instrumentos é por LED e os piscas contam com um discreto sonorizador que contribui para que não sejam esquecidos ligados. No escudo frontal estão o porta-luvas com um "plug" para conectar um carregador de aparelhos eletrônicos, como celulares, por exemplo.
O assento bipartido proporciona grande conforto tanto para o piloto quanto para o garupa, enquanto as alças semi automáticas para apoio e descanso de pé resultam em praticidade.
Há um amplo compartimento para objetos logo abaixo do banco onde cabem um capacete e muitos outros objetos. A tampa de abastecimento do tanque de combustível está abaixo da tampa do porta-luvas.
A posição de pilotagem no Citycom é natural e muito confortável para o condutor e para o garupa. Seu largo selim propicia comodidade em pequenos ou longos percursos. O garupa, inclusive, se sentirá como se estivesse sentado em uma verdadeira “poltrona”, muito confortável com pedaleiras retráteis bem posicionadas e alça de apoio fixada de maneira cômoda, ao alcance dos braços do passageiro. O Citycom conta ainda com corta-corrente quando o descanso lateral está acionado e uma chave geral sob o assento.
Tropicalização
Para atender os requisitos do mercado brasileiro, um dos mais exigentes em se tratando do segmento de duas rodas, a área de engenharia da Dafra, juntamente com profissionais da SYM, promoveu diferentes ajustes em importantes sistemas do produto. "A troca térmica do sistema de arrefecimento do motor foi aumentada significantemente, o sistema de freio foi ajustado para trabalhar em condições mais severas que nos mercados onde Citycom é comercializada atualmente, a bomba de combustível foi adequada para a gasolina brasileira etc”, explica o diretor de engenharia da Dafra, Victor Trisotto.
Assim como em outros modelos da marca, a fase de tropicalização e desenvolvimento do sistema de emissão de gases do Citycom foram ajustados pelo Laboratório de Emissão de Gases do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Dafra, situado em Manaus (AM). Já os níveis de emissão de ruído foram controlados e assegurados conforme normas ABNT NBR 9714 e ABNT NBR 15145, além de resoluções nacionais que estabelecem níveis de ruído adequados à segurança e bem estar do condutor e meio ambiente populacional, itens de acordo também com a CETESB e IBAMA.
Mercado
Suas características acertam em cheio a dois nichos de mercado que podem ampliar significativamente a participação da Dafra, ao menos até algum concorrente se movimentar. O primeiro deles são os próprios usuários de scooter hoje que passam a ter um boa opção na faixa imediatamente seguinte. "Nossas pesquisas mostram que 15% destes consumidores tem potencial para comprar o Citycom 300i", falou o presidente da Dafra, Creso Franco, referindo-se evidentemente ao poder de compra.
O segundo nicho é composto por aqueles "engarrafados" motoristas que querem se livrar dos congestionamentos, mas querem um veículo confortável, fácil de conduzir e que ofereça desempenho melhor do que uma motocicleta pequena. A Dafra tem certeza que este nicho é muito grande. "Queremos vender nos últimos três meses deste ano 700 unidades do Citycom 300i", declarou o contrariado presidente da Dafra aos jornalistas presentes à apresentação do novo modelo no dia 13 de setembro. Franco não queria falar em previsão de vendas. "Estamos preparados para atender a demanda", disse.
Creso Franco não quis dizer qual o tamanho deste mercado, mas certamente ele é bem maior que o número declarado. Basta ver que a Dafra dispõe de 290 pontos de venda espalhados por todo o Brasil. Por esta conta - 700 unidades dividas por 290 lojas - dará menos de uma unidade do Citycom 300i por mês por loja. Esta não é a prática do Grupo Itavema, ao qual a Dafra pertence. Aliás, nenhuma rede de concessionárias aceitaria isso de um fabricante.
Este acerto da Dafra deve recolocá-la na terceira posição no ranking de vendas no mercado brasileiro, posição ocupada logo no início de suas operações. Naquele primeiro momento veio um vigoroso avanço sobre o mercado brasileiro com produtos de preço acessível, uma grande rede de distribuição e um robusto investimento em marketing. Depois, problemas com qualidade e garantia, somados com a crise econômica do final de 2008 fizeram o negócio desacelerar. Mais recentemente a Dafra passou a privilegiar as parcerias, tanto para ocupar sua fábrica em Manaus, que tem capacidade para produzir 20 mil motocicletas por mês, quanto ajustar sua linha com produtos melhores e mais adequados. Foi o caso da TVS Apache, a indiana produzida pela Dafra, mas que mantém identidade original, seguida pela parceria com a BMW para produzir a G650 GS e agora esta parceria com a SYM.
Creso Franco considera estas parcerias fundamentais para concretizar os planos da Dafra. "Aliadas ao investimento em uma área de engenharia atuante, as parcerias com empresas que detém tecnologia é a estratégia adotada pela Dafra para ter condições de alcançar um patamar de competitividade realmente forte”, diz.
Pertencente ao Sanyang Group, a SYM foi durante 40 anos parceiro estratégico da Honda para a produção de motocicletas e automóveis. Jim Hong, diretor da divisão de marketing da companhia, disse que o acordo firmado com a fabricante brasileira evidencia a confiança no modelo de negócios da Dafra e no potencial de crescimento da marca. “Conhecemos o mercado de motocicletas do Brasil e encontramos na Dafra o parceiro ideal visando o longo prazo”, revelou Hong, deixando claro que novos produtos já estão sendo preparados para o mercado brasileiro.
Está disponível nas cores Branca, Azul e Preto Grafite ao preço público sugerido de R$ 12.290,00 (sem frete e TAC)
*Matéria publicada originalmente no site MOTONLINE
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